Nova Lei permite doações para o esporte na declaração do Imposto de Renda

Nova Lei permite doações para o esporte na declaração do Imposto de Renda

Projeto de Lei aprovado na Câmara dos Deputados busca incentivar o financiamento de projetos esportivos e paradesportivos, com dedução no IR para contribuintes.

A Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados deu luz verde ao Projeto de Lei 2461/2024, que permite que pessoas físicas direcionem doações e patrocínios a projetos esportivos e paradesportivos, assim como ao Fundo Nacional do Esporte (Fundesporte), diretamente através da declaração anual do Imposto de Renda (IR). A iniciativa, caso aprovada em todas as etapas, criará um mecanismo semelhante ao da Lei Rouanet, que já possibilita incentivos fiscais para a cultura, com deduções no IR para contribuintes.

O deputado Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF), relator do projeto, foi enfático ao destacar a relevância social da prática esportiva e a importância do papel do Estado em promovê-la como um direito de todos.Segundo Ribeiro, o incentivo ao esporte deve ser tratado como um tema de interesse público, alinhado ao desenvolvimento de políticas de inclusão e qualidade de vida.

Impacto do projeto para o setor esportivo
Com a aprovação, espera-se que o setor esportivo brasileiro ganhe novo fôlego, permitindo maior acesso a recursos e viabilizando projetos que envolvem desde categorias de base até eventos de grande porte. O Fundesporte, que desempenha um papel essencial no financiamento de atividades esportivas, poderá ter seu orçamento potencialmente ampliado com o novo fluxo de recursos provenientes dos contribuintes.

Atualmente, o PL 2461/2024 avança em regime conclusivo, o que significa que, caso receba o aval das comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania, seguirá diretamente para o Senado, sem necessidade de votação em plenário na Câmara. Para que o projeto se torne lei, é necessário ainda a aprovação pelo Senado Federal e a sanção presidencial.

O novo dispositivo promete não só beneficiar o desenvolvimento de novos talentos no esporte brasileiro, mas também oferecer aos contribuintes uma oportunidade de exercer um papel mais ativo na construção do esporte no país, incentivando práticas saudáveis e inclusivas.

Próximos passos e expectativas
Caso o projeto se torne lei, as mudanças deverão impactar diretamente as próximas declarações de Imposto de Renda, possibilitando aos contribuintes destinar parte de seus impostos de forma direcionada, como já ocorre no campo cultural com a Lei Rouanet. A tramitação agora é acompanhada de perto pelo setor esportivo, que vê no projeto uma chance de expansão e fortalecimento de sua estrutura.

Com o avanço da proposta, o esporte brasileiro pode se aproximar ainda mais de um modelo de financiamento sustentável, alinhado aos valores de saúde e inclusão. Para o público e os investidores em potencial, a aprovação definitiva desse projeto poderá representar uma nova fase de participação direta no fortalecimento do esporte nacional.

Fonte: Câmara de Notícias/Contábeis
https://www.contabeis.com.br/noticias/67854/camara-aprova-doacoes-para-esporte-na-declaracao-do-ir/

5 de novembro de 2024

PIX e MEI na mira da Receita: Como proteger seu negócio das fiscalizações?

A introdução do PIX no sistema financeiro brasileiro trouxe uma verdadeira revolução, especialmente para os Microempreendedores Individuais (MEIs). Essa inovação viabiliza pagamentos instantâneos e tornou-se uma ferramenta essencial para a gestão das finanças de pequenos negócios. A conveniência e a redução de custos oferecidas são algumas das vantagens que destacam esse método de pagamento.

No entanto, o uso dessa tecnologia inovadora não se limita às suas facilidades. O PIX também levanta questões significativas sobre fiscalização e controle financeiro, especialmente no que tange às exigências da Receita Federal. Representando tanto uma solução quanto um desafio, os MEIs devem entender os mecanismos envolvidos para um uso eficaz e seguro.

De Que Forma a Receita Federal Acompanha as Transações PIX?
Embora o sigilo bancário impeça que a Receita Federal tenha acesso direto aos detalhes de cada transação PIX, existem outras estratégias que permitem o monitoramento das movimentações financeiras dos MEIs. A Receita, por meio de um conjunto de ferramentas e declarações, pode garantir que os empreendedores cumpram suas obrigações legais.

Os principais métodos de monitoramento incluem:

Declaração Anual de Faturamento: As informações fornecidas anualmente pelos MEIs são cruzadas com dados bancários para verificar a congruência dos valores.
Sistema e-Financeira: Informações sobre transações financeiras, inclusive as realizadas via PIX que excedem certos limites, são reportadas pelas instituições financeiras.
Cruzamento Avançado de Dados: Utilizando tecnologias de análise de dados, a Receita pode integrar informações de diversas fontes, potencialmente identificando discrepâncias.
Quais São os Riscos Enfrentados pelos MEIs?
Apesar dos benefícios do PIX, seu uso descuidado pode acarretar riscos fiscais. O desconhecimento ou a negligência quanto às obrigações legais podem resultar em penalizações severas para os MEIs.

Possível Desenquadramento: O volume considerável de transações sem o devido controle e registro pode levar o MEI a ultrapassar limites de faturamento, colocando em risco sua classificação simplificada.
Sonegação Potencial: A não emissão de notas fiscais para as transações realizadas constitui uma violação fiscal, sujeitando-se a multas substanciais.
Pontos Vulneráveis a Fraudes: É fundamental atenção aos diversos golpes que podem acometer os INEIs, como tentativas de fraudes e imitações de transações legítimas.
Como Proteger-se e Usar o PIX de Forma Responsável?
Os MEIs devem adotar práticas financeiras saudáveis e transparentes ao utilizar o PIX. Algumas estratégias são essenciais para garantir a segurança e a conformidade com a Receita Federal.

Manter Contas Separadas: Segregar contas pessoais e de negócios facilita o acompanhamento das finanças empresariais e assegura clareza nas transações.
Emissão Rigorosa de Notas Fiscais: Certifique-se de que todas as vendas e serviços, independentemente do método de pagamento, sejam cobertas por notas fiscais.
Registro Meticuloso do Caixa: Documentar todas as transações realizadas é fundamental para um controle financeiro eficaz.
Proteção Contra Golpes e Fraudes: Estar vigilante com comunicações suspeitas e fortalecer a segurança dos dispositivos utilizados.
Consulta Profissional: Contar com um bom aconselhamento contábil pode esclarecer dúvidas legais e otimizar o uso do PIX.
Assim, ao adotar essas práticas, os MEIs não apenas mitigam riscos associados ao uso do PIX, mas ampliam as vantagens que essa ferramenta traz para a gestão de negócios no Brasil.

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